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FAHECE 30 anos: homenagem a voluntários e instituidores

A FAHECE promoveu na sexta-feira, 15 de março, uma homenagem aos voluntários e instituidores que marcaram os 30 anos de trajetória da fundação. O evento, que ocorreu no Hotel Majestic, reuniu conselheiros, ex-presidentes, ex-diretores, fundadores e a atual Diretoria Executiva e Conselho Fiscal para uma noite noite de muita emoção e memória.


"Essa é uma noite de comemoração e orgulho. Quero deixar a todos vocês a minha mensagem de gratidão. Obrigada aos instituidores, que deram os primeiros passos para que pudessemos estar aqui hoje. Obrigada a todos os presidentes e conselheiros que me antecederam para que chegassemos aqui. Lembrem-se sempre que o nosso trabalho faz a diferença na vida de milhares de pessoas", destacou a presidente do Conselho Curador da FAHECE, Rúbia Albers Magalhães.

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“Há exatos 30 anos, testemunhamos o nascimento desta grandiosa e acolhedora fundação, responsável por gerir instituições que se tornaram pilares fundamentais para a saúde e o bem-estar do povo catarinense: o HEMOSC, o CEPON e o SAMU na sua rede de atendimento estadual”, afirma o presidente da Diretoria Executiva da FAHECE, Dr. Alvin Laemmel. “Nesta jornada de três décadas, cada uma dessas entidades desempenhou um papel crucial, salvando vidas, oferecendo esperança e conforto às famílias em momentos de angústia e necessidade e, não raras vezes, de necessidade vital instantânea”, complementa.

“Atuar como voluntária em uma instituição que tem como missão e tem na prática do seu cotidiano fortalecer a esperança das pessoas é algo muito gratificante. O propósito da FAHECE é algo que converge com que eu acredito e doar parte do meu tempo para fazer o bem e apoiar na gestão de uma instituição tão importante para sociedade é um grande orgulho”, afirma a diretora operacional da FAHECE, Sendi Locks Lopes.

A secretária de Saúde, Carmen Zanotto, destacou a participação na origem da FAHECE, quando fazia parte do Conselho Estadual de Saúde. Ela lembrou que houve resistência ao modelo no início, percalços pelo caminho, mas que a gestão compartilhada se mostrou exitosa. “O formato permite mais agilidade na gestão das unidades, e isso se reflete na qualidade dos serviços que temos no CEPON, no HEMOSC e agora, mais recentemente, no SAMU”, afirmou.

A deputada federal também recebeu uma homenagem da Fundação pelo trabalho desempenhada como conselheira.

Com um modelo de gestão que envolve a sociedade por meio da participação de voluntários, que compõe o Conselho Curador, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal, a FAHECE tem todos os seus atos velados pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC). Um modelo que já foi reconhecido em algumas premiações e também pelo Estudo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina no documento “Análise Econométrica da Eficiência dos Hospitais Estaduais de Santa Catarina: Um Comparativo entre Modelos de Gestão” – Florianópolis, 2017, no qual estabeleceu o CEPON como hospital-referência estadual na gestão da eficiência do gasto público na saúde.

História de Crescimento
Instituída em 14 de março de 1994, a FAHECE desempenhou papel crucial na implantação de um novo modelo de gestão em parceria com o Governo do Estado. Ao lado disso, seu maior legado é contribuir diariamente para avanços significativos na quantidade e qualidade dos serviços de saúde prestados à comunidade catarinense.

A FAHECE surgiu das dificuldades enfrentadas à época no atendimento de saúde provocados pelos entraves burocráticos inerentes ao poder público. Para o CEPON, o principal problema era a recorrente falta de medicamentos oncológicos, o que ocasionava interrupção dos tratamentos dos pacientes, por vezes afastando ou reduzindo as chances de combate à doença. Do mesmo modo, o HEMOSC tinha suas funções comprometidas pela falta de insumos, materiais, equipamentos desgastados, estruturas deterioradas e inexistência de uma rede articulada dos hemocentros do Estado.

Inspirados por idealistas como o Dr. Alfredo Daura Jorge, médico oncologista, um grupo de voluntários envolvidos com as atividades do HEMOSC e CEPON, decidiu criar a FAHECE para, através do modelo fundacional privado, administrar os recursos destinados às duas unidades e facilitar e agilizar a prestação dos serviços de saúde nessas áreas.

Em 2006, a FAHECE obteve a qualificação de Organização Social na área de Saúde, o que consolidou a gestão descentralizada do serviço em Santa Catarina.

Já em 2022, a Fundação ampliou sua posição e assumiu também a gestão das Unidades de Suporte Avançado (USA) do SAMU estadual, ampliando a abrangência de seus serviços junto ao Governo do Estado. Na área de urgência, também estabeleceu contrato, em 2023, para a gestão das Motolâncias junto à Prefeitura de Balneário Camboriú.

Em 2019, a FAHECE ampliou ainda mais a sua capacidade de atuação, implantando como serviço próprio o Laboratório de Anatomia-Patológica, com sede própria, no prédio do Almoxarifado, na SC-401. O Laboratório cumpre os seus propósitos, analisando material oriundo dos mais diversos tipos de biópsia. O atendimento é exclusivo aos pacientes do SUS, através de convênios firmados com os municípios da Grande Florianópolis e a Capital.

Expansão de Serviços
A FAHECE também tem planos de expandir seus serviços próprios. O projeto é a criação de um Centro de Diagnóstico, que iniciará com exames de Endoscopia Digestiva Alta e Colonoscopia, fundamentais para o diagnóstico do câncer no esôfago, estômago e do câncer colorretal.

O investimento se deu a partir da percepção do aumento de casos da doença e de um gargalo no SUS para a realização deste tipo de exame. “A FAHECE está atenta ao aumento dos casos de câncer do aparelho digestivo e um diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura. Por isso, vamos destinar valores oriundos da realização de bazar com mercadorias apreendidas pela Receita Federal para adquirir equipamentos que permitem exames a pacientes do SUS”, afirma Dr. Alvin Laemmel.

Em Santa Catarina, o câncer de cólon e reto é o terceiro em taxa de prevalência entre homens e mulheres, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os exames de colonoscopia e endoscopia digestiva alta são procedimentos imprescindíveis para a realização de biópsias e o diagnóstico do câncer no aparelho digestivo. O projeto está em fase de finalização e deve entrar em operação ainda este ano.